terça-feira, 26 de agosto de 2008

CARLOS PAIÃO uma singela homenagem




Faz hoje, 26 de Agosto de 2008, 20 anos que morreu CARLOS PAIÃO, um nome para a história da música ligeira portuguesa.

Tive o prazer, chamo-lhe hoje prazer de ter tido quase um choque entre o meu carro e a carrinha Hiace amarela torrado, que ele conduzia, chamei-lhe nomes na altura, reconheci-o, mas isso não lhe dava o privilégio de sair do Colégio São Teotónio em Coimbra de qualquer maneira, sem respeitar quem ia a entrar. Soube que ele ia dar ou tinha dado um concerto no cineteatro do Colégio, onde eu andava a estudar, a acabar o 12º ano.
A ironia da morte faz-me escrever, "tive o prazer", que bela estupidez, não tive prazer nenhum, ia tendo era um ataque de fúria, mas não esqueço o sorriso e as desculpas, e ficou desculpado, e ainda me fez rir.
É de lamentar, valores humanos, desaparecerem para sempre deste local que habitamos.
A morte não me assusta, nem me mete medo, talvez por lidar com ela quase todos os dias, habituei-me a que ela chega a qualquer hora, da forma mais estúpida e não escolhe nada, nem sexo, nem idade, nem ricos, nem pobres, nem bons nem maus. É democrática. Uma coisa todos temos a certeza, vamos com ela, mas quando ela quiser, se não forçarmos muito a nossa ida, se forçarmos ela leva-nos, senão iremos quando ela entender.
Onde quer que te encontres CARLOS PAIÃO, que estejas em paz, feliz com o que foste, e não te arrependas por aquilo que podias ter sido e não foste.

Até um dia,

Ana




Sem comentários: