segunda-feira, 12 de julho de 2010

Pequenos retalhos do dia a dia

A VIRGEM




Esperei anos até puder comprar uma pequena máquina fotográfica, o dinheiro tinha sempre outros motivos, a máquina ficava na montra, até que um dia, não há muito tempo, fui direita a ela e já não a larguei, tem sido a minha companheira de pequenas viagens e de coisas que olho e gosto. Não é uma máquina profissional, é  uma pequena máquina doméstica, máquina de carteira, onde está recolhida, até aparecer qualquer coisa que nesse momento me apetece guardar.
Foi este um dos casos, não sou católica, mas sinto-me bem na tranquilidade do espaço que Fátima nos permite ter, sento-me na capela das aparições, e medito, penso e repouso a alma.
Neste dia, enganei-me numa das ruas de Fátima e ao parar para ver se vinham mais carros, deparei-me com esta imagem na esquina de uma das ruas, fixei-a bem e achei que nada tem de especial mas tem qualquer coisa que me deixou ali parada, até ser "acordada" pela buzinadela de um carro que estava atrás de mim e queria passar, com todo o seu direito, mas não antes de eu tirar algumas fotos a esta imagem, cuja rua se chama Nossa Senhora da Conceição. Curiosidades.
Lá fui até ao Santuário, sentei-me, olhei á minha volta e olhei devagar para todas as pessoas que ali estavam, pensei: Que força move estas pessoas para ali estarem de joelhos rezando com tanta força e vontade, com lágrimas de tristeza pedindo talvez algo impossível ou possível, sendo possível será milagre, não sendo possível foi porque não poderia ser. Senti dentro de mim uma tristeza enorme e sem dar conta as lágrimas, devagarinho escorregavam pela minha cara e eu nem dei conta, só dei conta da tristeza que me invadia naquela hora e sem dar por isso rezei, implorei por mim para ter forças, para conseguir fazer o bem, para ser FELIZ. Mas o meu problema é que não sei definir FELIZ, não consigo sentir aquilo a que muitos chamam Felicidade.







AnaBorges