quarta-feira, 25 de julho de 2012

Vida




Mais um recomeço. Estou mais morta que viva, não é cansaço fisíco, é cansaço emocional, até sonhar me cansa.
Cada dia que passa tento recomeçar, e por onde? Procurando a vontade de ser feliz.
Olho para trás, olho para o que já vivi, e que encontro? Um robot.
Nascemos e perdemos a nossa identidade, perdemos os nossos desejos as nossas vontades, nem nos dão tempo para as solidificar, ficam névoas do que desejamos, do que queriamos ser e fazer.
Logo ao nascer, começam as regras, os costumes, o certo e o errado (para os outros claro) nós perdemos o pensar o querer.
Só nos dão comer quando passarem as 3h (regra adquirida ao longo dos tempos), que importa que choremos se ainda não podemos ter fome, ainda não está na hora, nos gritamos, gritamos por liberdade, só nos dão banho à noite, que é a regra para dormir-mos melhor (regra adquirida ao longo dos tempos), choramos, porque alguns gostam mais de tomar banho de manhã, mas não pode ser.
Vão-nos alimentando de acordo com a regra que terceiros impõem.
E por ai fora, ao longo da vida, temos que fazer e ser o que os outros acham que assim é que é. Se chegar-mos a adultos e mandar-mos as regras as imposições para o lixo e começar-mos a fazer o que a nossa vontade dita, então somos malucos.
A felicidade para a maioria das pessoas, é um casamento com um bom partido, para ser um casamento sólido as famílias tem que se dar bem, e o casal? Bom, esses vão atrás do que os outros dizem, um bom emprego, que permita ter uma boa casa, um ou mais carros, os filhos depositados num bom colégio, no trabalho tentar ser o melhor trabalhador nem que para tal, "estrangule" os outros, se possível como emocionalmente não estão bem talvez um ou uma amante sirva para sair um bocadito da rotina, mas? mas os remorsos, as mentiras dão desgaste e vão matando lentamente.
Para poucos a felicidade é viver o dia a dia com o que se tem, uns dias melhores outros piores, mas com alegria porque não existem regras, utopia? não, não é utopia é a vida sem stress.
É esperar calmamente a ida para outra vida em Paz, sem medos, sem culpas, sem receios de não ter sido o melhor, o mais rico, o mais pobre de espírito.

AnaBorges

terça-feira, 17 de julho de 2012

COMO SE COZINHA UMA LICENCIATURA





EU TAMBÉM QUERO........



..."consta do processo consultado pela VISÃO, faz referência a um currículo "rico" em três aspetos: "a longevidade das funções desempenhadas, a natureza das mesmas - maioritariamente de liderança ou grande responsabilidade institucional, e a sua variedade". No final do documento, os relatores recomendam, no entanto, que, dado "o caráter embrionário deste tipo de processos", na atribuição de notas de avaliação, a creditação de competências profissionais seja "complementada com avaliações aferidas por eventuais classificações pós-secundárias ou então se proceda à aplicação de escalas qualitativas". A VISÃO tentou contactar, sem sucesso, Santos Neves, que é atualmente reitor da Universidade Lusófona do Porto e que, no site da instituição, se apresenta como "apóstolo-mor" da Declaração de Bolonha. José Fialho Feliciano também não esteve disponível para falar com a VISÃO.
Folclores e Templários
Miguel Relvas é, assim, admitido no curso Ciência Política e Relações Internacionais - um curso de três anos, 36 disciplinas nas quais se tem de obter 180 créditos para o concluir. Para os decisores da Lusófona, o currículo de Relvas valeu 160 créditos. Os restantes 20, o aluno despachou-os concluindo, em apenas um ano, as disciplinas de Quadros Institucionais da Vida Económico-Político-Administrativa (do 3.º ano, com 12 valores); Introdução ao Pensamento Contemporâneo (1.º ano, 18 valores); Teoria do Estado da Democracia e da Revolução (do 2.º ano, 14 valores); e Geoestratégia, Geopolítica e Relações Internacionais II (3.º ano, 15 valores).

O currículo que Miguel Relvas entregou na Lusófona está dividido em três grandes áreas: exercício de cargos públicos, de cargos políticos e de "funções privadas, empresariais e de intervenção social e cultural e frequência universitária". Entre os cargos públicos desempenhados, pelos quais lhe são atribuídos 90 créditos, encontra-se, por exemplo, o de deputado durante várias legislaturas, secretário de Estado da Administração Local no XV Governo constitucional e membro da delegação portuguesa da NATO. No que se refere aos cargos políticos, Miguel Relvas apresenta as suas competências como secretário-geral do PSD e membro da Comissão Política do partido, tendo-lhe sido dada equivalência a quatro cadeiras. No último capítulo, pelo qual lhe são atribuídas dez cadeiras e um seminário/estágio, Miguel Relvas elenca as funções privadas.

Em agosto de 2005, o atual ministro deixou de ser deputado em exclusividade e começou a trabalhar como consultor: primeiro na Société Générale de Surveillance; depois na sociedade de advogados Barrocas, Sarmento, Neves (janeiro de 2006) e na Roff-Consultores Independentes (junho 2006). Quanto ao cargo de administrador da GIBB-Prointec Brasil, menciona-o no pedido à Lusófona, mas à comissão parlamentar de Ética só o refere em novembro de 2007, quando cessa funções e passa a ser consultor da GIBB Portugal.

Para obter o canudo, Relvas faz-se ainda valer dos cargos de vice-presidente do Instituto Francisco Sá Carneiro; de presidente da Assembleia-Geral da Associação de Folclores da Região de Turismo dos Templários e diretor da revista Templários Turismo (anexas ao processo estão, inclusivamente, fotocópias de algumas páginas da revista); e de "conferencista convidado". O atual ministro Adjunto faz referência à frequência dos cursos de Direito e de Relações Internacionais, na última alínea das suas competências. Por onde, porventura, começaria o currículo de um estudante com um percurso um pouco mais tradicional ou, pelo menos, de um estudante que não apresentasse a sua candidatura aos 45 anos."


Ler mais: http://visao.sapo.pt/de-como-relvas-se-fez-dr=f675156#ixzz20sxSTGQj