domingo, 25 de janeiro de 2009

O maior plasticão em solo agrícola

Deparei-me ontem com uma quinta fora do meu pouco conhecimento agrícola mesmo da chamada agricultura biológica.
Nem sei como chamar a este novo tipo de agricultura, talvez agricultura de plástico????? Quem sabe.
Será que é este o nosso futuro agrícola??? Ou a aplicação das Novas Tecnologias que o nosso Primeiro Ministro tanto fala???
Segundo um discurso do nosso ou vosso sei lá de quem, Primeiro Ministro onde falava sobre agricultura, fiquei sem saber em que rotunda ele andava, porque não saia do mesmo, dava voltas e voltas e mais nada.
Acredito que o dono desta quinta de nova geração conseguiu um feito novo. A cultura do plástico.
E tem razão, não é o que chamam á comida fast-food, comida de plástico???? Ora então, ai está o novo fast-food à nascença........
E ainda dizem que os fenómenos são no Entroncamento .......

Bom fim de semana



quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Mais um dia que passa ......



Modernidades???? ou será Necessidade?????

Pois, é o que dá ir viver para uma terra onde nem a água presta. Ter que comprar uma maquineta, para colocar o "garrafão" de água e ter de abastecer a casa com garrafões de água, talvez fosse preferível ir viver para o Alentejo, num Monte, sem água nem luz, há claro já me esquecia, aqui neste triste lugar, a luz quando falta falta mesmo, não há muitos dias atrás, ia-mos morrendo congelados, porque não tínhamos lenha e não havia luz, a noite apareceu e nós com umas velas acesas, carregados corporalmente de roupa, tremíamos de frio, foi lindo.

Mas hoje entendi que nem todos os garrafões prestam. Nunca me tinha acontecido colocar na dita maquineta um garrafão com personalidade própria, e ainda por cima com um sentido aguçado para a criatividade. É um garrafão transformista inato.

Fiquei parada a olhar para ele e a perguntar-me a mim própria se ele (garrafão) estava a gozar comigo, ou se afinal aquilo era arte. Qui ça ........

Por hoje chega, tou enxaquecada, tou indrominada de comprimidos para este amor que se agarra a mim como tábua de salvação, salve querida enxaqueca....




domingo, 11 de janeiro de 2009

Simplesmente palavras e sonhos ..........


A maior aventura de um ser humano é viajar,
E a maior viagem que alguém pode empreender
É para dentro de si mesmo.
E o mais emocionante de a realizar é lendo um livro,
Pois um livro revela que a vida é o maior de todos os livros,
Mas é pouco útil para quem não souber
ler nas entrelinhas
E descobrir o que as palavras não disseram:
No fundo, o leitor é o autor da sua história .....
Augusto Cury

domingo, 4 de janeiro de 2009

Nem sei o que desejar .........





Bom, nem sei bem como começar, todos dizem: "Bom Natal e um Ano Novo Muito Feliz", hipocrisia de todos ou quase todos os seres humanos, passam o ano inteiro 300 e tal dias sem uma palavra e nestes dias pura e simplesmente "entopem" os telemóveis com mensagens velhas de tão "cansadas" que já estão de todos os anos se repetirem, mais palavra menos palavra, mas o conteúdo é sempre o mesmo. Já estou cansada de ver a "alegria" estampada nos rostos de pessoas que nem conheço, mas que gritam esfuziante BOM ANO NOVO, ao som de uma garrafa de champanhe a abrir e dos irritantes fogos de artificio a estalarem no ar.

Ao ligar a TV só via uma imagem: estalos no ar, já nem sabia se era mais uma mostra de um Fim de Ano num lugar qualquer ou se era mais uma centena de roquettes na faixa de Gaza. Ironia. Se não ouvisse ficava sem saber a que conflito pertenciam as cores brilhantes num céu cinzento, se a uma passagem de ano ou se a mais uma série de mortes. Estou-me "lixando" de quem é a culpa, se calhar de todos e de ninguém, mas de certeza que aqueles corpos, que se ainda não estiverem "totalmente" mortos de certo com aquelas "procissões" e passagens de mãos em mãos acabam mesmo mortos, e de certeza que a maioria nem sabe porque existe esta guerra, qual o motivo e o porquê de ter de morrer tanta gente em nome do quê???????


Também a maioria das pessoas que se reúnem com um ar plástico de felicidade, a alegria hipócrita, os risos, os gritinhos histéricos, os beijos ao vizinho do lado nem sabem bem porque se encontram ali, encontram-se porque as massas se reúnem todas e a maioria vai atrás da maioria, por isso as festas são todas em lugares chaves, não são naturais, são estruturadas para que as pessoas se desloquem ao encontro do que sabem que não é nada do vão fazer, é tudo fogo de artificio, é tudo uma forma de pensarem que vão esquecer as tristezas do dia a dia, a fome, a miséria, a doença, os despedimentos, o endividamento, nada passa de um balão de ar que rebenta depois da meia-noite, quando a realidade chega e se pensa no que ficou para trás e no que se tem de lutar para "pagar" o que durou apenas horas.


Cansei. Cansei de tanta hipocrisia, de tanta ostentação, de tanta miséria.


Até cansei de um valor que eu dava primazia, que era a solidariedade, mas a solidariedade dura apenas o Natal e o Fim de Ano, e o resto do ano?????? Não existe. É certo que não pudemos, não temos o poder de "oferecer" esmola o ano inteiro, eu acho que se desse esmola a todos os que necessitam, eu sentar-me-ia ao lado do ultimo e seria mais um a pedir, não solidariedade não é isso, é criar-se meios para que as pessoas possam trabalhar, possam ganhar o seu próprio dinheiro e não precisarem de recorrer ao bem dos outros. Claro que muitos pensam que é uma utopia. Talvez, mas se nada se fizer, se continuar a haver uma discrepância tão grande de ganhos, a pobreza vai continuar, o endividamento vai continuar, a revolta vai continuar, as guerras vão continuar.


Seria bom, que os governantes começassem a pensar melhor na divisão dos dinheiros, é lógico que vai ter de haver sempre diferenças, mas o que poderá existir é uma diferença menor e então talvez diferença menor possa ajudar muita gente a ter emprego, a ter dinheiro a ter poder de compra, e os pobres comecem a diminuir e os milionários também, e a diferença seja menor.


Tal como comecei, nem sei como terminar, acho que desejo para este ano que as coisas mudem, que a mentalidade de todos mude e se sintam seres humanos 300 e tal dias, que o fogo de artificio seja mais do que uma vez por ano, que se diga bom dia ou boa noite todos os dias e não só nesse dia, que a fraqueza se transforme em força e se lute para que se atinja, não a perfeição mas um mundo um pouco melhor todos os dias, que a mente dos humanos se abra e deixe entrar a paz, a humildade, a força para viver feliz todos os dias, sem pensar que a felicidade se resume a um monte de papel que permite esconder a tristeza numa alegria hipócrita em apenas poucas horas.