Bem, hoje que estou só e posso ver
Bem, hoje que estou só e posso ver
Com o poder de ver do coração
Quanto não sou, quanto não posso ser,
Quanto se o for, serei em vão,
Hoje, vou confessar, quero sentir-me
Definitivamente ser ninguém,
E de mim mesmo, altivo, demitir-me
Por não ter procedido bem.
Falhei a tudo, mas sem galhardias,
Nada fui, nada ousei e nada fiz,
Nem colhi nas urtigas dos meus dias
A flor de parecer feliz.
Mas fica sempre, porque o pobre é rico
Em qualquer cousa, se procurar bem,
Fernando Pessoa
AnaBorges
3 comentários:
Muito legal seu blog! parabéns pelos artigos que estão de excelente qualidade
parabéns pelo blog! esta D++++
Obrigado Marcelo, obrigado Rádio Elos, é sempre muito bom ler comentários como os vossos, ainda não tive tempo para ler os vossos bloges, porque eu não gosto de "passar" os olhos, gosto de deliciar-me ao ler o que um bloge transmite, irei em breve visitar-vos no vosso cantinho. Um abraço amigo,
AnaBorges
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