sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Noya - 19/02/2007 - 26/09/2016


Estive parada na escrita quase 5 anos, uma eternidade para mim, que escrevia quase diariamente.
O tempo emocional para mim parou, a vida continuou, mas a dor, a incerteza do momento foi demasiadamente forte.
Pouco interessa escrever sobre tudo o resto. Para mim só a dor de ter perdido a minha princesa adorada Noya foi o suficiente para que tudo o resto, por muito mau que tenha sido, passou ao lado.
Esta estrelinha que habita agora o céu dos patudinhos, foi a coisa mais doce, mais importante da minha vida, foi um sentimento tão forte que não tem nome. Morreu nos meus braços e nos meus braços veio sempre até à sua morada física.
Não a conseguia largar, sentia-a sempre quentinha, agarrada a mim, encostada ao meu peito, como sempre fazia para os beijos da praxe, no pescoço, na checha direita na checha esquerda (checha diminutivo de bochecha).
A campa continua lá onde eu a possa ver, o simbolismo das flores brancas, são a pureza de um sentimento tão nobre, tão honesto, tão puro.
Vai fazer dois anos no dia 26 de Setembro deste ano, que a depositei neste lugar. Puro simbolismo. Sei que sofro muito mais olhando para aquelas flores e saber que a ossada está por baixo do que se tivesse sido cremada, mas é ali que choro, que riu, que lembro todos os momentos bons, não houve momentos maus, a não ser este final.
Serás minha eternamente, meu amor.

Coimbra, 10/08/2018


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