sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Rainha Santa Isabel



Coimbra, 5 de Julho de 2018

RAINHA SANTA ISABEL

Mais uma procissão: "Procissão (provém de procedere, "para ir adiante", "avançar", "caminhar") é um corpo organizado de pessoas caminhando de uma maneira formal ou cerimonial. Muitas vezes acontece sob a forma de um cortejo religioso realizado em marcha solene normalmente pelas ruas de uma cidade, carregando imagens e entoando orações ou cânticos.[1] Este ritual segundo a crença, tornaria as pessoas e os locais, abençoados.[2] Dessa última forma é praticado em várias religiões cristãs, tais como o catolicismo, a ortodoxia, e algumas igrejas reformadas"

Mais uma ida nesse cortejo religioso, calada, triste, lembrando que 2 anos atrás, levei ao colo a minha princesa, sabendo que o fim estava próximo, senti necessidade de pedir Paz, apenas Paz na ida dela e Paz no meu ficar, porque eu sabia que ia doer muito.

Mas quando ia para começar a caminhar, parei e fiquei parada a observar a chuva de rosas sobre a Rainha Santa lançadas do cimo da Igreja, deixei-me ficar a ver ela "caminhar" na minha direção e senti que aquela imagem representava a mulher que Ela tinha sido na sua vida, uma Mulher corajosa, corajosa demais para aqueles desavindos tempos e segundo reza a história :
"D. Dinis morreu em 1325 e, pouco depois da sua morte, Isabel terá peregrinado ao santuário de Santiago, em Compostela na Galiza, fazendo-o montada num burro, e a última etapa a pé, onde ofertou muitos dos seus bens pessoais. Há historiadores que defendem a ideia que lá se terá deslocado duas vezes.
Recolheu-se por fim no então Mosteiro de Santa Clara-a-Velha em Coimbra, vestindo o hábito da Ordem das Clarissas mas não fazendo votos (o que lhe permitia manter a sua fortuna usada para a caridade). Só voltaria a sair dele uma vez, pouco antes da morte, em 1336.
Nessa altura, Afonso declarou guerra ao seu sobrinho, o rei D. Afonso XI de Castela, filho da infanta Constança de Portugal, e portanto neto materno de Isabel, pelos maus tratos que este infligia à sua mulher D. Maria, filha do rei português. Não obstante a sua idade avançada e a sua doença, a rainha Santa Isabel dirigiu-se a Estremoz, cavalgando na sua mula por dias e dias, onde mais uma vez se colocou entre dois exércitos desavindos e evitou a guerra. No entanto, a paz chegaria somente quatro anos mais tarde, com a intervenção da própria Maria de Portugal, por um tratado assinado em Sevilha em 1339."

Hoje em dia, que Mulher faria isso? Não sei, mas falo por mim, que me acomodei e deixei os anos passar, sem me colocar à frente de um Homem e exigir explicações sobre "PORQUÊ?"

Ana Borges
17/08/2018

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