sábado, 6 de junho de 2009

Apologia á PAPOILA


Flor campestre tão bela não há. Sozinha passa despercebida quase nem se dá conta que ela existe, mas um campo de papoilas como este faz parar qualquer pessoa, pessoas como eu, com um misto de loucura e inteligência, lembra uma multidão gritando liberdade, lembra um campo de corações cheios de amor, lembra um campo de batalha onde jazem sangrando milhares de soldados lutando por causas que nem eles sabem, lembram bandeiras acenando gritos de liberdade e lembra-me logo "Catarina". Porque "Catarina" foi uma só papoila e o 25 de Abril foi um campo de papoilas.
Claro que o 25 de Abril e os cravos foi uma história aproveitada. É certo que o "que se viu" se deu na grande cidade onde não existem campos de papoila, e onde uma trabalhadora de um certo restaurante tinha ido ás compras e levava uns ramos de cravos para enfeitar as mesas do restaurante e quando viu aquele aparato perguntou o que se passava e lhe disseram que ia começar uma guerra ela pensou já não ia abrir o restaurante e começou a distribuir os cravos pelas tropas, isto não é inventado é a verdade da história dos cravos do 25 de Abril, mas seria mais puro ser uma papoila, o cheiro das cearas, da terra, do trabalho, o cheiro de "Catarina".


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