É com imensa "pena" que os órgãos de informação deste País publiquem as notícias que alguém os manda publicar.
Quero com isto dizer que, cada vez mais não acredito em jornalistas sérios e honestos, que publicam o que vêem e não em "bonecos" que escrevem o que lhes mandam para usufruirem de um salário que lhes permita viver.
Estive mais atenta às notícias durante a semana após o simulacro de catástrofe em Lisboa, queria ter a certeza que afinal não sou tão burra e por isso talvez fique sempre de pé atrás nos jornais e telejornais que algumas vezes compro e ouço nas TVs.
Aquilo que li deitou por terra, assim é habitual forma de dizer, qualquer boa ideia que alguém teve. O simulacro era na minha óptica uma forma de ver in loco os erros que existem ou possam vir a existir numa situação real e que de certa forma possam vir a ser passiveis de corrigir, e tentar melhorar ou arranjar forma de haver coordenação em que num caos se consiga ordenar e trabalhar de forma a salvar os vivos, tratar os doentes e enterrar os mortos. Utopia minha.......
Pergunto ao Sr. Coordenador do INEM porque se demite e não admite que há falhas????? Só lhe chamo cobarde. Se há falhas, vamos saber quais, a melhor forma de as corrigir e experimentar de novo. É difícil???? Talvez .... Mas é honesto, é luta, é querer corrigir.
Existem neste País, meios capazes de respostas imediatas a várias situações e isso já foi provado noutros Países, onde o nosso mereceu mensagem de destaque por ser chamado para poder actuar em situações tão calamitosas.
E a verdade, é que se veio a "descobrir" com este simulacro erros, vários erros todos eles completamente passiveis de corrigir se a coordenação for aplicada. Deixe-mos de criticar que o erro foi de A, B ou C, o erro vem de cima, vem da coordenação, não pode cada um por si agir da forma que está habituado. Numa situação desta tem tudo de estar em sintonia, todas as forças que estão no terreno a ajudar, tem que falar a mesma linguagem, agir da mesma maneira, cada um na sua vez, saber como tem de fazer.
Não culpemos o INEM, o INEM está habituado a agir em determinadas situações e bem, não culpemos os Bombeiros, que fazem o melhor e por vezes em lugar onde só a boa vontade daqueles HOMENS permite que um pequeno incidente não se transforme numa grande catástrofe, não culpemos ninguém, e muito menos pessoas voluntárias que vão para uma situação destas só com o intuito de puder ajudar o próximo.
Aqui fica a minha CRITICA, e muito grande e com muita MAGOA, todos os órgãos de comunicação falaram de mais ou menos de cerca de 65 forças envolvidas neste simulacro.
Certo.
Pergunto EU????? E o INSTITUTO NACIONAL DE MEDICINA LEGAL???????
Não existe?????? Não esteve lá????? Quantos voluntários se deslocaram de outras cidades a custo próprio (porque isso é ser voluntário), para participar neste simulacro?????
Alguém referiu esses seres????? Claro que não.
O nome assusta????? MEDICINA LEGAL. É feio. Acredito. Mas quem se dá ao "trabalho" de, e agora perdoem-me a frase mas tem que ser dita tem que chegar à mente das pessoas, para que possa haver credibilidade no nosso trabalho, quem se dá ao trabalho de unir "bocados" de pessoas para que sejam enterradas condignamente como seres vivos que foram?????? Quem se dá ao "trabalho" de identificar mortos que foram seres vivos e saber quem eram esses seres vivos para que depois de mortos tenham um nome, uma identidade????? São esses trabalhadores que voluntariamente participaram neste simulacro, não queremos louros, não queremos medalhas, não queremos os nossos nomes, mas queremos que a MEDICINA LEGAL seja reconhecida como as outras forças que estiveram no terreno, porque nós também lá estivemos.
Lamento este País que não merece pessoas que ainda acreditam na boa vontade dos outros.
http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/460923, fica este link só para alguém que esteja curioso e se não acreditar em quem se deslocou cerca de 300 e muitos KM por conta própria, leia o que as notícias referem sobre o INSTITUTO NACIONAL DE MEDICINA LEGAL ....... NADA, NADA, NADA.
Ana Borges
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