Que mais lhe posso chamar.... Por muito que tenha procurado não sei o nome dado a este recipiente que serviu durante muitos anos o meu bisavô.
Sei que passou para a minha avô, sua filha, depois para meu pai seu neto por parte da sua filha e finalmente para mim, filha de meu pai.
Geração esquisita a minha, mas é a que tenho, ou pelo menos a que sempre me contaram.
Sei que ninguém nunca se interessou por este artefacto que sempre conheci pendurado na cozinha da minha avô (mulher que ao fim de tantos anos da sua morte ainda hoje a recordo com lembranças doces e cheirosas).
Meu pai, era o filho do meio, e segundo reza o mexerico os filhos do meio são sempre os coitadinhos, este filho do meio foi a excepção á regra.
Foi amado pela minha avô e pelo meu avó, muito amado mesmo.
Apesar de todos os seus defeitos, tinha muitas virtudes, e tornou-se num Senhor dono de um minúsculo feudo.
Criara em mim imagens não reais da vida, deu-me a conhecer o lado bom da vida e esqueceu-se de me mostrar o lado mau, aquele em que vivemos.
Pobre Pai.
De tanta riqueza interior e alguma exterior, acabei por ficar com esta "relíquia" não a do Eça de Queiroz, mas a de José de Mingos, senhor meu bisavô, que não conheci pessoalmente só por fotografia, que sempre admirei o seu imponente bigode, que escondia os seus sentimentos. Pois para quem ler este simples blogue, meu diário, eis a minha Herança.
Uma boa noite a todos, principalmente aos que já não estão a meu lado:
Bisavós, Avós e Pai.
Ana
Este vídeo não tem nada a ver com o meu post e tem tudo, não sei quando morreu o meu bisavô, mas sei que a minha avó morreu no dia 1 de Maio uns anos antes de Ayrton Senna. Mesmo apesar de nos termos encontrado apenas uma vez aqui em Portugal, somos familiares e acredita, foste chorado aqui em Portugal. Ao tio Zé, onde queres que te encontres um abraço desta tua sobrinha.
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